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sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Réis para Cruzeiro - Reforma do Sistema Monetário


Até então, o padrão monetário do Brasil era o Réis que vigorou durante todo o período Colonial, da Monarquia e também durante o início da República.

A adoção do Cruzeiro se deu pela primeira vez em 1942, durante o Estado Novo, na primeira mudança do padrão monetário no país, com o propósito de uniformizar o dinheiro em circulação. 

Foi através do Decreto-lei nº 4.791, de 05.10.1942 (D.O.U. de 06.10.42), instituiu o Cruzeiro como unidade monetária brasileira. Um cruzeiro (1,00 CR$) equivalia a 1$000 (um mil réis).
O cruzeiro foi o primeiro padrão monetário a criar o centavo, que correspondia  à centésima parte do cruzeiro.







Foi o período que Getúlio Vargas governou o Brasil por 15 anos ininterruptos. Caracterizado pelas inúmeras alterações que Vargas fez no país, tanto sociais quanto econômicas.

O Cruzeiro vigorou durante o período compreendido entre 01/11/1942 e 12/02/1967, quando por conta da alta da inflação dos anos 50 e 60, houve a necessidade de modificar o padrão da moeda a fim de possibilitar uma contabilidade mais adequada das somas que estavam cada vez mais vultosas por conta do descontrole monetário.

Com a alta da inflação, foi criada a moeda transitória Cruzeiro Novo, que tinha o valor de 1.000 cruzeiros antigos e colocadas a circular até que as novas cédulas, lançadas em 1970 e emitidas pela Casa da Moeda do Brasil, entrassem em circulação.

O Cruzeiro (Cr$) foi a moeda do Brasil de 1942 a 1967; de 1970 a 1986 e, também, de 1990 a 1993. Sua adoção se deu pela primeira vez em 1942, durante o Estado Novo, na primeira mudança do padrão monetário no país, com o propósito de uniformizar o dinheiro em circulação. Um cruzeiro (1,00 CR$) equivalia a 1$000 (hum mil réis). Em seguida, o Cruzeiro passou por uma reforma monetária durante o governo Castelo Branco, sendo temporariamente substituído pelo Cruzeiro Novo. A moeda voltou a ser substituída pela equipe do presidente José Sarney, com o plano Cruzado; o Cruzeiro voltou a vigorar no governo Collor e foi definitivamente substituído pelo Cruzeiro Real em 1993.

Origem do nome
A primeira sugestão do nome Cruzeiro para a moeda no Brasil, foi feita pelo economista Carlos Inglês de Sousa em novembro de 1926, no seu livro Restauração da Moeda no Brasil, onde retomava sua preconização para a melhoria da moeda, já exposta em 1924 no seu outro livro A Anarquia Monetária e suas Conseqüências, onde propunha substituir a unidade réis (ou mil-réis) por outra denominada Cruzeiro. Trata-se da primeira referência direta e documentada ao nome da moeda em substituição ao Réis (mil-réis) então em circulação.

Decreto-Lei nº 5.375, de 5 de Abril de 1943

Através do decreto foi modifica a composição e a tolerância na liga e no peso das moedas de 10, 20, e 50 centavos.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o art. 180 da Constituição, e na conformidade do disposto no parágrafo único do art. 3º do decreto-lei n.º 4.791, de 5 de outubro de 1942,
DECRETA:

    Art. 1º A partir da data da publicação do presente decreto-lei serão cunhadas em bronze de alumínio, com a composição de 90 % de cobre, 8 % de alumínio e 2 % de zinco, as moedas de dez (10), vinte (20) e cinquenta (50) centavos a que se refere o art. 3º do decreto-lei n.º 4.791, de 5 de outubro de 1942.

    Parágrafo único. Em consequência do disposto neste artigo a tabela indicativa da composição, peso e tolerâncias das moedas de 10, 20 e 50 centavos, que acompanhou o citado decreto-lei n. 4.791, de 5 de outubro de 1942, fica substituida pela seguinte:


A moeda de Níquel Rosa
Com base no Decreto-Lei nº 4.791, de 5 de Outubro de 1942, deveriam cunhar as moedas de centavos em uma liga de cobre (88%) e Níquel (12%), o que daria ao seu aspecto uma coloração rosa. Por outro lado, as moedas de 100; 200; 300 e 400 réis, de Getúlio Vargas, do decreto anterior, eram cunhadas numa liga metálica com 75% de cobre e 25% de níquel e, por isso, tinham uma coloração prateada (acinzentada).





Sabe-se que após um decreto, são encomendados os discos para confecção das moedas. Assim, a primeira remessa de discos chegou com a liga estabelecida, todos com a cor rosa para as moedas de centavos de Getúlio Vargas. Esta é a explicação para as moedas de 50; 20 e 10 centavos com a data 1942 e a cor rosa.

Todavia, os fornecedores são vários e não um único. Com o avanço da indústria aérea, durante a segunda guerra mundial, o níquel era cada vez mais usado como revestimento de motores, devido a sua alta resistência à temperaturas (de fato, a guerra espacial também foi protagonista do grande utilizo deste metal) e em ligas para fabricação de componentes de armas. Assim, ordenaram aos fornecedores para trocar a liga dos discos a fim de economizar o níquel, metal necessário naquele momento decisivo para a Europa e demais nações aliadas.

Com a entrada do Brasil na guerra, foi publicado o Decreto-Lei nº 5.375, de 05/04/1943 modificando a composição e a tolerância na liga e no peso das moedas de 50, 20, e 10 centavos que passaram a ter a mesma liga das moedas de 5; 2 e 1 cruzeiro, cujos discos, desde o início, eram confeccionados em bronze-alumínio (cobre 900 ‰, alumínio 80 ‰, e zinco 20 ‰), de cor amarela.

Entre a publicação desse documento e a chegada dos novos discos de cor amarela, a Casa da Moeda continuou cunhando sobre os discos que possuía, de cor rosa, usando os ferros de 1942 e os novos de 1943. Com o fim dos cunhos de data 1942, passaram a usar os novos da data 1943, e isso explica as moedas de 1942 e 1943, com as cores amarela e rosa.

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