Hoje começa uma série de post sobre as histórias por trás das moedas.
As vezes adquirimos as moedas para nossa coleção mas não sabemos qual é história em que a moeda foi cunhada.
Vamos colocar a moeda como um ator que contracena com a história, interagindo com período político, econômico e social.
A primeira moeda-ator escolhida para nos contar um pouco sobre a história é a moeda de 320 Réis de 1699.
Vamos primeiramente passar rapidamente pelo contexto histórico do século XVII.
Nos séculos XVI e XVII a receita oficial do Brasil era pequena, alcançando cerca de 3% das receitas públicas portuguesas em 1588 e 5% em 1619.7 A atividade econômica se concentrava em uma pequena população de colonos envolvidos na altamente rentável indústria da cana-de-açúcar, voltada para exportação, no Nordeste do Brasil.
No fim do século XVII a produção açucareira no Brasil enfrenta uma séria crise devido à prosperidade dos engenhos açucareiros nas colônias holandesas, francesas e inglesas da América Central. Como Portugal dependia, e muito, dos impostos que eram cobrados da colônia a Coroa passou a estimular seus funcionários e demais habitantes, principalmente os do Planalto de Piratininga, atual São Paulo, a desbravar as terras ainda desconhecidas em busca de ouro e pedras preciosas.
O incentivo deu certo. Ouro foi descoberto no final do século XVII, na década de 1690 em Minas Gerais que abriu novas oportunidades. A descoberta provocou uma verdadeira "corrida do ouro"
A descoberta do precioso metal foi feita em 1698 por Antônio Dias de Oliveira, em Ouro Preto. A partir daí, a notícia se disseminou pelo país e chegou à Portuga por correspondência enviada pelos governadores portugueses instalados no Brasil.
Com a mesma rapidez com que a notícia da descoberta das minas se espalhou, milhares de pessoas chegavam a região de diversos pontos da colônia e de Portugal.
Isso ajudou o reino português superar a crise econômico-financeira vivida desde a separação da Espanha, recuperando sua independência .
A coroa portuguesa lucrava com a cobrança de taxas e impostos. Quem encontrava ouro na colônia deveria pagar o quinto. Este imposto era cobrado nas Casas de Fundição (órgão do governo português), que derretia o ouro, transformava-o em barras (com o selo da coroa portuguesa) e retirava 20% (um quinto) para ser enviado para Portugal. Este era o procedimento legal e exigido pela coroa portuguesa, porém, muitos sonegavam mesmo correndo riscos de prisão ou outras punições mais sérias como, por exemplo, o degredo.
Já a educação do Brasil no século XVII não mudou muito em relação ao século anterior, ela continuou sobre os cuidados dos jesuítas, diferentemente do que acontecia na Europa, onde a educação estava passando por um processo de renovação. Os jesuítas mantinham a filosofia de educar, ou melhor, catequizar os povos indígenas (principalmente os curumins), e quanto ao restante da população seguia duas linhas, artes de ofícios para a classe operária e uma educação diferenciada para a elite.
Mesmo com uma educação diferenciada, ainda não era adequada a algumas áreas, obrigando assim a ir estudar na Europa quem almejasse medicina ou direito. Estas pessoas que saíram para estudar fora puderam entrar em contato com a cultura européia e quando voltaram puderam expor aos daqui o quanto estavam atrasados em relação aos europeus.
Com uma pincelada no contexto histórico do século XVII, vamos ver alguns acontecimentos da data de cunhagem da moeda, que é de 1699.
As vezes adquirimos as moedas para nossa coleção mas não sabemos qual é história em que a moeda foi cunhada.
Vamos colocar a moeda como um ator que contracena com a história, interagindo com período político, econômico e social.
A primeira moeda-ator escolhida para nos contar um pouco sobre a história é a moeda de 320 Réis de 1699.
Nos séculos XVI e XVII a receita oficial do Brasil era pequena, alcançando cerca de 3% das receitas públicas portuguesas em 1588 e 5% em 1619.7 A atividade econômica se concentrava em uma pequena população de colonos envolvidos na altamente rentável indústria da cana-de-açúcar, voltada para exportação, no Nordeste do Brasil.
No fim do século XVII a produção açucareira no Brasil enfrenta uma séria crise devido à prosperidade dos engenhos açucareiros nas colônias holandesas, francesas e inglesas da América Central. Como Portugal dependia, e muito, dos impostos que eram cobrados da colônia a Coroa passou a estimular seus funcionários e demais habitantes, principalmente os do Planalto de Piratininga, atual São Paulo, a desbravar as terras ainda desconhecidas em busca de ouro e pedras preciosas.
O incentivo deu certo. Ouro foi descoberto no final do século XVII, na década de 1690 em Minas Gerais que abriu novas oportunidades. A descoberta provocou uma verdadeira "corrida do ouro"
A descoberta do precioso metal foi feita em 1698 por Antônio Dias de Oliveira, em Ouro Preto. A partir daí, a notícia se disseminou pelo país e chegou à Portuga por correspondência enviada pelos governadores portugueses instalados no Brasil.
Com a mesma rapidez com que a notícia da descoberta das minas se espalhou, milhares de pessoas chegavam a região de diversos pontos da colônia e de Portugal.
Isso ajudou o reino português superar a crise econômico-financeira vivida desde a separação da Espanha, recuperando sua independência .
A coroa portuguesa lucrava com a cobrança de taxas e impostos. Quem encontrava ouro na colônia deveria pagar o quinto. Este imposto era cobrado nas Casas de Fundição (órgão do governo português), que derretia o ouro, transformava-o em barras (com o selo da coroa portuguesa) e retirava 20% (um quinto) para ser enviado para Portugal. Este era o procedimento legal e exigido pela coroa portuguesa, porém, muitos sonegavam mesmo correndo riscos de prisão ou outras punições mais sérias como, por exemplo, o degredo.
Já a educação do Brasil no século XVII não mudou muito em relação ao século anterior, ela continuou sobre os cuidados dos jesuítas, diferentemente do que acontecia na Europa, onde a educação estava passando por um processo de renovação. Os jesuítas mantinham a filosofia de educar, ou melhor, catequizar os povos indígenas (principalmente os curumins), e quanto ao restante da população seguia duas linhas, artes de ofícios para a classe operária e uma educação diferenciada para a elite.
Mesmo com uma educação diferenciada, ainda não era adequada a algumas áreas, obrigando assim a ir estudar na Europa quem almejasse medicina ou direito. Estas pessoas que saíram para estudar fora puderam entrar em contato com a cultura européia e quando voltaram puderam expor aos daqui o quanto estavam atrasados em relação aos europeus.
Com uma pincelada no contexto histórico do século XVII, vamos ver alguns acontecimentos da data de cunhagem da moeda, que é de 1699.
- Em 15 de Janeiro de 1699, o Rei de Portugal sancionou uma Carta Régia, criando um curso de formação de soldados técnicos no Brasil-Colônia. O objetivo era capacitar homens na arte da construção de fortificações, a fim de promover a defesa da Colônia contra as incursões de outras nações. O Capitão Engenheiro Gregório Gomes Henriques, nesse mesmo ano, ministrou a primeira Aula de Fortificação em território brasileiro.
- Transferência da casa da Moeda da Bahia para o Rio de Janeiro
- A Casa da Moeda do Rio de Janeiro cunhou suas primeiras moedas de ouro e de prata
- Em 13 de maio de 1699 nascia Sebastião José de Carvalho e Melo, conhecido como Marquês de Pombal. Foi o primeiro ministro português
Para ter mais informações sobre a moeda acesse:
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